Pesquisar este blog

Translate - Traduzir

17 fevereiro 2017

Acorda Brasil!


Diante dos acontecimentos deprimentes em decorrência da desordem social consumada e ora vivenciada, o País atravessa nos últimos anos o mais efervescente período de hostilidade pública.
No que se possa tratar de conjuntura sócio-política e governabilidade, isto é público e bem notório. Não bastasse o clima de revanchismo e animosidade entre parlamentos e executivo, elevada intolerância marcou ano passado (2016), onde os termômetros atingiram marcas inusitadas nas térmicas litigiosas e conflitantes, o que culminou por fim no IMPEACHMENT da então presidente Dilma Rousseff, como se sabe, que jamais assumiu seus erros. Em consequência de uma enorme leva de escândalos e bandalheiras se desencadeou em torno das nebulosas negociatas, envolvendo administrações públicas e privadas, infladas e sustentada pelos partidos da base aliada do governo.
Está comprovado e bem evidente que atrelado a outras siglas, o partido dos trabalhadores foi municiado a promover este que está sendo o maior esquema de corrupção visto nas Américas.
Bem assim possamos entender que a repercussão diante das vultosas cifras de desfalques e falcatruas que ainda nem atingiram seus maiores ares. Assim podendo ser até mais alarmante, não fosse as campanhas publicitárias caríssimas com a finalidade de incutir na cabeça dos desavisados, que o País é sólido e progressista. Somas vultosas são ainda gastas com o uso do dinheiro do erário, nesta parafernália midiática, a se expressarem com vergonhosas escusas: do tipo que a coisa vai melhorar, que foi somente uma marolinha, que a inflação já está baixando, que nossas instituições são consistentes e atuantes. Por fim, que fizemos a maior copa do mundo e olimpíadas de todos os tempos.
Tudo isto na tentativa de nos induzir à obscuridade dos fatos, pois na verdadeira acepção tudo não passa de “conversa para boi dormir”. Como diz o jargão do Castelo de Abrantes, “tudo continua como antes”, mesmo com o novo presidente que não irradiou qualquer temeridade, e tem hoje os piores índices de popularidades segunda as pesquisas, as coisas só vão de mal a pior. O que se constata nitidamente e que mudaram a roupagem, mas os princípios, regentes e as cabeças pensantes são as mesmas. Daí a instabilidade reinante.
Todavia, um puxão de orelhas foi dado já na eleição passada pela maioria dos eleitores conscientes, que resolveram abrir seus olhos para a politização, e é neste contexto que havemos de centrar melhor nosso sucinto enredo.
Mais lastimável ainda é que após tantos episódios vexaminosos não se possa ainda nominar em quantidade de culpados, trapaceiros em todos os quadrantes e setores, já que a maioria se esconde por trás da imunidade “isto é uma vergonha”. Observar-se assim o quanto o sistema é bruto e imutável. É inegável que o homem comum sempre tenha desejado um sistema de governo que atenda aos anseios da coletividade, bem como luta até hoje pela igualdade de direitos.
Visto por este prisma consoante, a caótica situação do País é que muitas classes estão a se organizar em seus grupos, a salvar o que nos resta. A própria igreja protestante se laçou nesta empreitada e hoje já conta com uma razoável bancada federal, que luta contra as tramoias do executivo palaciano.
Na mesma tônica, outras classes se articulam a exemplo dos empresários capitalistas, dos ruralistas e mais recentemente os ocupantes da caserna, os militares estão hoje de prontidão em todos os quarteis e corporações, de olhos nas cadeiras blindadas no Senado da Câmara Federal. Tem milico fardado ou até mesmo sem farda com a sede imensurável de submeter seu nome ao escrutínio partidário, noutros termos diríamos que se trata da vontade de beber no pote do poder maior é o que grande parte destes militares ativos e até os inativos almejam.
Na condição de paladinos da moralidade e herdeiros naturais do estado, já que são servidores públicos engajados. Se bem se organizarem sem tanta euforia e volúpia poderão fazer a diferença já que a tropa vem ainda nas próximas eleições, em especial nos parlamentos de Rondônia, onde melhor possam se adequar.
Ademais tem se aberto uma demanda enorme no que se diz respeito a defesa dos direitos do servidor com afrontamento das perdas na arrecadação e no controle da lei de responsabilidade fiscal. Não tão somente arrocho salarial, mas também nos casuísmos na supressão das garantias permitidas por lei nas discussões das PEC. Daí se fazer substancialmente necessário uma representatividade digna vinculada à categoria, enérgica, atuante e transparente em todos as casas de lei.
Por outro lado, não podemos deixar de fazer menção a uma tendência fenomenal do exato momento, em que quase todo o efetivo contingente de políticos e assessores diretos estejam em seus desemprenho e por conseguinte baixa popularidade. Ou seja, a rejeição aos mandatários é hoje notória e preocupante, transformando-se no maior pesadelo da classe. Para finalizar devemos dizer que se não forem estes os contornos da conjuntura política, alçadas aos movimentos classistas, me rendo a pagar pelo mico e pelo ato precipitado, e me despeço sem fúria ou ressentimento.
Sem que antes possamos fazer referência ao mestre Maquiavel por importuna referência ao texto, que em sua obra prima aconselhou aos reis e imperadores da época a convocarem aos inimigos do trono a assessorá-los diretamente. Pois que seriam muito mais confiáveis que amigos e prosélitos apaniguados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

₢omentários,...