Diante
dos acontecimentos deprimentes em decorrência da desordem social consumada e
ora vivenciada, o País atravessa nos últimos anos o mais efervescente período
de hostilidade pública.
No que se possa tratar de
conjuntura sócio-política e governabilidade, isto é público e bem notório. Não
bastasse o clima de revanchismo e animosidade entre parlamentos e executivo,
elevada intolerância marcou ano passado (2016), onde os termômetros atingiram
marcas inusitadas nas térmicas litigiosas e conflitantes, o que culminou por
fim no IMPEACHMENT da então presidente Dilma Rousseff, como se sabe, que jamais
assumiu seus erros. Em consequência de uma enorme leva de escândalos e
bandalheiras se desencadeou em torno das nebulosas negociatas, envolvendo
administrações públicas e privadas, infladas e sustentada pelos partidos da
base aliada do governo.
Está comprovado e bem evidente
que atrelado a outras siglas, o partido dos trabalhadores foi municiado a
promover este que está sendo o maior esquema de corrupção visto nas Américas.
Bem assim possamos entender que a
repercussão diante das vultosas cifras de desfalques e falcatruas que ainda nem
atingiram seus maiores ares. Assim podendo ser até mais alarmante, não fosse as
campanhas publicitárias caríssimas com a finalidade de incutir na cabeça dos
desavisados, que o País é sólido e progressista. Somas vultosas são ainda
gastas com o uso do dinheiro do erário, nesta parafernália midiática, a se
expressarem com vergonhosas escusas: do tipo que a coisa vai melhorar, que foi
somente uma marolinha, que a inflação já está baixando, que nossas instituições
são consistentes e atuantes. Por fim, que fizemos a maior copa do mundo e
olimpíadas de todos os tempos.
Tudo isto na tentativa de nos
induzir à obscuridade dos fatos, pois na verdadeira acepção tudo não passa de
“conversa para boi dormir”. Como diz o jargão do Castelo de Abrantes, “tudo
continua como antes”, mesmo com o novo presidente que não irradiou qualquer
temeridade, e tem hoje os piores índices de popularidades segunda as pesquisas,
as coisas só vão de mal a pior. O que se constata nitidamente e que mudaram a
roupagem, mas os princípios, regentes e as cabeças pensantes são as mesmas. Daí
a instabilidade reinante.
Todavia, um puxão de orelhas foi
dado já na eleição passada pela maioria dos eleitores conscientes, que
resolveram abrir seus olhos para a politização, e é neste contexto que havemos
de centrar melhor nosso sucinto enredo.
Mais lastimável ainda é que após
tantos episódios vexaminosos não se possa ainda nominar em quantidade de
culpados, trapaceiros em todos os quadrantes e setores, já que a maioria se
esconde por trás da imunidade “isto é uma vergonha”. Observar-se assim o quanto
o sistema é bruto e imutável. É inegável que o homem comum sempre tenha
desejado um sistema de governo que atenda aos anseios da coletividade, bem como
luta até hoje pela igualdade de direitos.
Visto por este prisma consoante,
a caótica situação do País é que muitas classes estão a se organizar em seus
grupos, a salvar o que nos resta. A própria igreja protestante se laçou nesta
empreitada e hoje já conta com uma razoável bancada federal, que luta contra as
tramoias do executivo palaciano.
Na mesma tônica, outras classes
se articulam a exemplo dos empresários capitalistas, dos ruralistas e mais
recentemente os ocupantes da caserna, os militares estão hoje de prontidão em
todos os quarteis e corporações, de olhos nas cadeiras blindadas no Senado da
Câmara Federal. Tem milico fardado ou até mesmo sem farda com a sede
imensurável de submeter seu nome ao escrutínio partidário, noutros termos
diríamos que se trata da vontade de beber no pote do poder maior é o que grande
parte destes militares ativos e até os inativos almejam.
Na condição de paladinos da
moralidade e herdeiros naturais do estado, já que são servidores públicos
engajados. Se bem se organizarem sem tanta euforia e volúpia poderão fazer a
diferença já que a tropa vem ainda nas próximas eleições, em especial nos
parlamentos de Rondônia, onde melhor possam se adequar.
Ademais tem se aberto uma demanda
enorme no que se diz respeito a defesa dos direitos do servidor com
afrontamento das perdas na arrecadação e no controle da lei de responsabilidade
fiscal. Não tão somente arrocho salarial, mas também nos casuísmos na supressão
das garantias permitidas por lei nas discussões das PEC. Daí se fazer
substancialmente necessário uma representatividade digna vinculada à categoria,
enérgica, atuante e transparente em todos as casas de lei.
Por outro lado, não podemos
deixar de fazer menção a uma tendência fenomenal do exato momento, em que quase
todo o efetivo contingente de políticos e assessores diretos estejam em seus
desemprenho e por conseguinte baixa popularidade. Ou seja, a rejeição aos
mandatários é hoje notória e preocupante, transformando-se no maior pesadelo da
classe. Para finalizar devemos dizer que se não forem estes os contornos da
conjuntura política, alçadas aos movimentos classistas, me rendo a pagar pelo
mico e pelo ato precipitado, e me despeço sem fúria ou ressentimento.
Sem que antes possamos fazer
referência ao mestre Maquiavel por importuna referência ao texto, que em sua
obra prima aconselhou aos reis e imperadores da época a convocarem aos inimigos
do trono a assessorá-los diretamente. Pois que seriam muito mais confiáveis que
amigos e prosélitos apaniguados.
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